terça-feira, 21 de janeiro de 2014

FITOTERÁPICOS - DE QUE FORMA EU VOU?

 Há alguns meses me tornei aluna de mestrado do PPBI ( Curso de Biotecnologia) da Universidade Federal Fluminense, e em meio a diversas palestras com enfoque em empreendedorismo e inovação, percebi quantos paradigmas existem entre o universo da pesquisa e o do mundo "business", e o esforço das instituições em quebrá-los para dar lugar a inovação. Essa inovação é capaz de gerar lucros amistosos, podendo movimentar a economia de uma nação, que apresenta uma importante vantagem competitiva natural: sua BIODIVERSIDADE; só perdendo para Índia e para China, não pela biodiversidade, mas pela imensa máquina legislativa que não consegue acompanhar a gestão tecnológica.
 Logo, o Brasil é cotado para ser um dos grandes líderes da próxima (e atual) revolução técnico-científica, englobando a biotecnologia, a nanotecnologia, novos materiais e energias, o país apresenta vantagens competitivas naturais para desenvolver inovações farmacêuticas a partir do estudo da biodiversidade, principalmente na área de fitoterápicos. Curioso, que o setor de plantas medicinais movimentou cerca de US$ 22 bilhões, sendo US$ 8,5 na Europa e US$ 6,3 bilhões nos Estados Unidos – com valores que poderiam atingir US$ 50,6 bilhões (dados coletados em 2002)!
 Assim como Brasil, Índia e China, encaram o desafio de legislar sobre os recursos genéticos e conhecimentos sobre a biodiversidade, matéria tão complexa e com amplas consequências para o sistema farmacêutico de inovação, como exemplo disso, podemos notar aspectos relevantes sobre a lei de patentes, o que diferencia a produção nesses países, observe ( o quadroabaixo) e verifique como estamos defasados!


Brasil
Índia
China
Principais Leis de
PI: promulgadas
pelo Poder
Legislativo
Lei de Patentes
9.279/1996 (art.10,IX e art.18, III
Lei de Patentes (com
emendas de 2005)
Lei de Patentes (com
emendas de 2008)

  Contudo, analisando os depósitos de patente de medicamentos, simplesmente mostra que a China 
e a Índia têm conseguido se destacar mais do que o Brasil, no âmbito internacional. Na área de preparações medicinais contendo constituintes ativos orgânicos a Índia depositou 2.146 patentes, entre 1995 e 2012, pela via do Acordo de Cooperação em matéria de Patentes (PCT), enquanto a China depositou 1.430 e o Brasil 170. No setor de fitoterápicos, as divergências são ainda mais alarmantes; no mesmo período, foram depositados 79.614 pedidos de patente de origem chinesa na China, enquanto que apenas 540 de origem brasileira no Brasil.
 O cenário brasileiro representado por patentes concedidas e produtos inovadores no mercado, é extremamente discrepante, se comparado a países, como China e Índia, e assim podemos constatar que o Brasil ainda não está conseguindo transformar sua rica biodiversidade e seu potencial de pesquisa na área de fitoterápicos em invenções protegidas através do sistema de patentes. Será que uma parceria mais vigorosa entre a academia e a indústria farmacêutica poderia impulsionar a revisão do modelo legislativo? O mesmo modelo que  se torna um entrave para o processo de patenteamento e registro de novos fitoterápicos, o que deveria ser mais simples e facilitador, acaba impedindo o desenvolvimento socioeconômico num país verdadeiramente RICO em recursos naturais!

 Hoje, os medicamentos de origem vegetal representam claramente uma janela de 
oportunidade na indústria de medicamentos estruturada de forma global e 
representada por oligopólios surgidos nos países que realizaram sua 
industrialização ainda no século XIX. Trata-se de um mercado poderoso à busca 
de novas moléculas para assegurar a competitividade na produção de novos 
medicamentos patenteados. Além disso, também representa a oportunidade de 
participar na elaboração de uma nova categoria de medicamentos denominada 
fitoterápicos no Brasil, que são extratos vegetais padronizados e validados do 
ponto de vista da sua eficácia, segurança e qualidade (Villas-Boas e Gadelha,2007)

  Enquanto isso o setor de marketing das indústrias farmacêuticas vão determinando, com os últimos dados de pesquisa de mercado, quais seriam as novas formas farmacêuticas mais aceitas (xarope, creme, pomada, comprimido, cápsulas...) dos poucos fitoterápicos patenteados e registrados no país, o que retrata uma realidade medíocre em meio a uma imensidão, chamada BIODIVERSIDADE!


 
 

domingo, 19 de janeiro de 2014

Agora o Enfoque é para a área BIOTECH!!

Tudo muda o tempo todo,  e já que a ANVISA exige uma constante atualização das bulas dos medicamentos que estão em circulação no mercado, inseri novidades na minha bula!

domingo, 13 de janeiro de 2013

COSMETIC MARKET: CABELO pra que te quero?!

Cosméticos, assunto preponderante, que segundo dados de pesquisas de mercado e econômicas, provam como esse mercado está aquecido, e também  como os brasileiros gostam de cuidar da aparência, ô povo vaidoso, ainda bem que isso se reflete nos hábitos de consumo, segundo pesquisas feitas pela Associação de Marketing de Varejo Popai Brasil, apontando que a maioria das pessoas prefere comprar os produtos em lojas especializadas, ao invés de farmácias e drogarias.O estudo entrevistou 1.034 mulheres entre 26 e 45 anos de idade na cidade de São Paulo e mostrou que 46% delas optam por comprar seus produtos de beleza em perfumarias e lojas de cosméticos, enquanto 26% adquirem em farmácias de manipulação e 28% nas drogarias. Entre os itens considerados propulsores deste mercado estão os para CABELO como shampoos, condicionadores e máscaras capilares. Não podemos descartar o aumento da freqüência de consumo, onde apontou que mais de 50% das consumidoras adquirem produtos de beleza ao menos uma vez por semana!
Não é pra menos, que estamos ocupando a terceira posição do ranking no mercado mundial, ficando atrás apenas do "Tio Sam"(EUA) com índice de expansão de mercado de 14,8% e dos japoneses detentores de 11,11%, segundo o Euromonitor. E assim o Brasil, apresentou um faturamento na casa dos $ 43 bilhões (na média anual) nesse setor, “só isso, gente”; superando até o mercado francês!

Com isso, cresce estudos na área de produtos inovadores, e lançamento de novas MARCAS, nesse mercado super aquecido! A parceria entre Universidades e Empreendedores começa a gerar bons resultados, o que leva o aparecimento de CASES de Sucesso. Um deles, que me esbarrei nesse ano é a SALUS Cosméticos, foco no seguimento capilar, apresentando uma linha inovadora, cuja missão se destaca na preocupação da saúde dos cabelos! A linha de produtos SALUS leva a sério o quesito proteção solar para cabelos, destacando-se pela presença de filtro UVA e UVB em sua composição, além disso, a ausência de conservante à base de PARABENO também merece destaque; detalhe: esse conservante já foi banido de produtos cosméticos europeus!
Importante, salientar que vale a pena sermos considerados “prospects” (novos e possíveis clientes) de MARCAS que se diferenciam por colocar em  pauta a preocupação com a  saúde antes mesmo da elaboração  de seus produtos!
 Fonte de pesquisa: Exame
 Facebook-Farmaketeira: http://on.fb.me/WnxWqT

domingo, 4 de novembro de 2012

O MERCHAND TRAZ LEMBRANÇAS?


 VISIBILIDADE é tudo! Concordam? Podemos explorar todos os campos, sejam eles aumento de popularidade, ganhos no ibope e ainda pode significar incremento nas VENDAS; às vezes, sabemos  que é uma questão de posicionamento da MARCA (ou do produto); quanto maior a exposição , a capacidade de ser lembrado cresce ainda mais, dependendo muito do planejamento e estratégia adotados e do público-alvo que  se pretende atingir!
  Será que o produto precisa de um DIFERENCIAL ou de MERCHANDISING? Como tudo depende do ponto de vista, digo que a culpa é do MARKETING de VAREJO (fascinante e mutante), porque ele faz bom uso do MERCHAN, pois esse CAUSA efetividade!

O que é Merchandising? http://bit.ly/Wo1THQ
 O aumento das vendas de produtos que não “chamam tanto atenção”, pode contribuir e muito com a MARGEM de CONTRIBUIÇÃO (diferença entre a receita de venda e os custos e as despesas variáveis, na abordagem global do resultado, o que pode impactar em maior vantagem, gerando lucratividade)- mas esse, é outro assunto!
 Voltando ao assunto EXPOSIÇÃO, a estratégia de CROSS-MERCHANDISING é fantástica, porque pelo simples fato de posicionar um produto que pode, "discretamente",  estar relacionado a outro, o que leva o consumidor a comprar por UTILIDADE! Nosso cérebro é capaz de identificar cada oportunidade surpreendente!
 Hoje, por exemplo, entrei numa drogaria, e fui comprar creme hidratante, e próximo dele havia várias lâminas de barbear (for Women), passou um filme pela minha cabeça em questão de segundos, me fez lembrar praia, férias, biquíni e depilação... Entenderam? Ah, eu precisei levar o hidratante, a lâmina e o protetor solar, que estava num pequeno stand no meio da loja, com areia de praia, guarda-sol e tudo, me fez sentir o cheirinho do mar... Cheguei a conclusão de que quem entende de VISUAL MERCHANDISING vai longe!!
 Por isso, ser lembrado da forma certa a todo momento surti ótimos efeitos, ou melhor, RESULTADOS!

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

GENÉRICO: UMA QUESTÃO DE COR?

  Tudo começa com a lei dos genéricos (lei 9787/99-ANVISA), nela existe a descrição do medicamento genérico e suas diferenças, se comparado aos de referência e aos similares.
  Mas qual é a diferença entre os medicamentos genéricos??  Caso, o leitor seja farmaceutico, dirá que é o DCB (denominaçãodo fármaco), dentre outros termos técnicos; mas a minha questão vai além, com enfoque no MARKETING!
 Qual é a cor da embalagem original?  Verde Claro, Verde Escuro, Azul, Rosa, Roxa... Já ouvi tantos consumidores no balcão da drogaria, que exigiam que o genérico tivesse a caixinha de determinada cor, caso contrário não levariam o medicamento! Nesse caso, acredito que a cor é a identidade da MARCA!
 Essa questão do BRAND, mexe com a mente humana, sabiam?! Pois é, cada marca possui seus atributos e peculiaridades, de forma que tudo retrate o conceito do produto ou da empresa. Interessante é o BRAND AWARENESS, que é a consciência de marca, ou seja quanto uma marca é conhecida, e  isso pode significar uma vantagem competitiva para as empresas ao lançarem novos produtos. O que chama mais atenção é que o reconhecimento da marca está associado a capacidade do consumidor  identificá-la por meio de imagem, COR, slogan, jingle!
 Mas, voltando aos genéricos, a grande sacada da indúsdtria farmacêutica foi/é atribuir a cor para promover o BRAND AWARENESS de suas marcas, o que tornam os consumidores fiéis a sua identidade, ou seja a COR correspondente!

terça-feira, 30 de outubro de 2012

BULA DO MEDICAMENTO


Inovação vem da Automotivação... 
Faça a mesma coisa de uma forma diferente,  assim você gera resultados diferentes! 



A TRAJETÓRIA depende do REFERENCIAL!


  Como todo ser humano insatisfeito, optei por me apaixonar pelo Marketing um tempo depois de ter me formado em Farmácia!
http://negocios.divulgueconteudo.com/164575-teoria-de-maslow
  Tudo começou na área varejista (na unidade de negócio: Drogaria), pois grande parte da classe farmacêutica inicia suas atividades nesse ramo assim que sai da universidade... essa é uma longa história cheia de desafios que se resume ao contato constante com Merchandising,Promoções... Resumindo, o contato direto com o Marketing de Varejo e seus indicadores de desempenho: um tal de Ticket Médio (TM) e Ticket Count (TC) - os responsáveis por me transformarem em Farmacêutica Marketeira!

  O marketing é capaz de nos transformar num ser  visionário e inovador, capaz de materializar os desejos mais mirabolantes, tangíveis e intangíveis que o ser humano pode ter; aí entra a Pirâmide  de Maslow (mais uma teoria que funciona na pratica)...
   Pude aprender e ainda preciso aprender muito mais sobre marketing com Philip Kotler, foi no MBA em Marketing com Ênfase em Gestão de Vendas (FGV) que o conheci, e onde dei o pontapé inicial para entrar de cabeça no mundo do Marketing!